Educação Especial, Deficiência Intelectual E Educação Inclusiva

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INTRODUÇÃO

Uma educação comprometida com a cidadania e com a formação de uma sociedade democrática e não-excludente deve promover o convívio com a diversidade, pois essa é uma característica da vida social brasileira. Para isso, a escola inclusiva deverá ser uma meta buscada por todos os cidadãos comprometidos com o fortalecimento de uma sociedade democrática, justa e solidária.

A convivência dos alunos com a diversidade, nas instituições educativas, contribui para que aprendam muito. Por outro lado, para aqueles que apresentam necessidades especiais, o convívio com os outros alunos é enriquecedor, pois permite uma inserção no universo social e favorece o desenvolvimento e a aprendizagem, possibilitando a formação de vínculos estimuladores, o confronto com a diferença e o trabalho com a própria dificuldade.

A Educação Inclusiva assegura que os alunos frequentem classes comuns com colegas não deficientes da mesma faixa etária, para que todos tenham a oportunidade de aprender, uns com os outros, reduzindo, assim, o estigma das diferenças. Embora junto cada aluno, independentemente das condições sociais, raciais, de gênero, físicas, intelectuais, sensoriais, deve ser ensinado, estimulado em sua diversidade, o que ultrapassa a questão da adaptação curricular e do material instrucional utilizado.

A Inclusão envolve um novo olhar para o aprendiz e para sua educação, ou seja, exige um repensar da escola, para que ela se adapte ao aluno e não ocorra o inverso, o aluno se adapte à escola, como acontecia na Integração.

Acredito que o aluno com necessidade especial desnuda a escola, faz com que ela perceba sua incompetência em lidar com as diferenças. Como se os alunos ditos “normais” também não tivessem necessidades diferenciadas de aprendizagem, só que essa diferença não aparece de forma tão afrontosa quanto nos “diferentes”.

Surgem, hoje, no mundo inteiro, iniciativas com relação à inclusão daqueles que possuem necessidades especiais, culminando com a Declaração de Salamanca. Este documento é pautado no principio de integração e no reconhecimento da necessidade de ação para conseguir escola para todos, isto é, escolas que incluam todo mundo e conheçam as diferenças, promovam a aprendizagem e atendam as necessidades de cada um.

Hoje, trabalhando no Centro de Ensino Especial como professora itinerante, acompanho alunos com necessidades especiais, que frequentam as escolas regulares de Educação Infantil ao Ensino Médio, percebo as dificuldades dos professores: suas angústias e reclamações. Alguns dividem comigo suas ansiedades e o progresso e avanço de seus alunos.

Este estudo será, portanto, uma análise dessa luta pela busca de direitos educacionais, cujo tema se restringe à política da inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, focalizando aqueles que têm deficiência mental, aqueles que estão lotados em classes de ensino regular, no Distrito Federal.

Desde então, as ações não discriminadoras vêm sendo a mola propulsora que orienta a Educação Especial no país. Desse modo, a individualização, a normalização e a integração são princípios que fundamentam essa modalidade de ensino.

Tais princípios encontram respaldos filosóficos, legais e político–educacionais.

 

OBJETIVOS DO CURSO

  • Compreender o processo histórico sobre a deficiência e a sua influencia na educação das pessoas com necessidades especiais educacionais;
  • Conhecer as legislações existentes sobre a educação especial e a inclusão
  • Oferecer meios de identificar os alunos que fazem parte da Educação Especial e suas características;
  • Entender a importância da qualificação profissional contínua;
  • Dominar o conceito sobre a adaptação escolar e sua aplicabilidade no contexto escolar;
  • Analisar o processo de construção da escolar inclusiva;
  • Compreender a importância da família no contexto da escola inclusiva;
  • Definir o conceito de deficiência intelectual;
  • Identificar as possíveis causas e prevenções dessa clientela;
  • Conhecer a trajetória histórica da Educação de pessoas com deficiência mental/intelectual;
  • Identificar as especificidades relacionadas ao atendimento especializado e a formação dos professores da classe comum e do atendimento especializado;
  • Oferecer meios de identificar as possibilidades de intervenção pedagógica dessa clientela;
  • Analisar a estrutura de atendimento da Secretária de Estado de Educação do Distrito Federal voltada para este grupo;
  • Identificar as diferentes formas de inserção no mundo do trabalho, a partir da legislação existente;
  • Conhecer as legislações existentes sobre a educação inclusiva;
  • Analisar o processo de construção da escola inclusiva;
  • Entender a importância da rede de apoio para inclusão social e escolar desse grupo;
  • Compreender a importância do papel do professor;

 

 

Informação adicional

Carga horária

90h, 180h, 300h